terça-feira, 7 de junho de 2016
Presidente do Sindap pede abertura de CPI para investigar irregularidades no sistema prisional do AC
Estimamos que aproximadamente meia tonelada de drogas tenha entrado no sistema penitenciário acreano em 2015.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindap),
Adriano Marques, protocolou na mesa diretora da Assembleia Legislativa
do Acre (Aleac) um ofício solicitando a criação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades no
sistema penitenciário acreano e as supostas dificuldades enfrentadas
pelos agentes para trabalhar.
Adriano afirma que há muito tempo o sistema prisional acreano está em
colapso e que, portanto, é preciso tomar providências para resolver a
questão.
Ele destaca ainda que as condições de trabalho dos agentes são
extremamente precárias. “O agente penitenciário tem sido sacrificado a
ser às vezes médico, advogado, assistente social, psicólogo, dentista,
enfermeiro e farmacêutico. Por outro lado, o governador faz vista grossa
às precárias condições dos agentes penitenciários e aos próprios
presos”, reclamou.
O sindicalista ressaltou que o trabalho dos agentes se torna mais
difícil pela falta de condições estruturais do próprio sistema.
“Nenhuma unidade prisional possui body scanner. Estimamos que
aproximadamente meia tonelada de drogas tenha entrado no sistema
penitenciário acreano em 2015. Outra coisa é que nenhuma [unidade
prisional] possui o número proporcional de agentes penitenciários para o
de presos, sem contar que falta equipamentos para segurança também”,
denunciou Adriano.
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