terça-feira, 7 de julho de 2009

Agente penitenciário diz que foi vitima de vingança de ex-detento

O agente penitenciário, Francisco de Assis da Costa, 34, lotado na Unidade de Recuperação Social Francisco de Oliveira Conde denunciou ao promotor de justiça Danilo Lovisaro, da coordenadoria de Controle Externo da Policia Militar e a Corregedoria da Policia Militar que está sendo ameaçado de morte e, sua família também corre riscos.

Na semana passada (dia 29) à tarde, Francisco de Assis que mora no Bairro Boa União, foi rendido por dois motoqueiros que estariam armados, segundo testemunhas. Os homens pediram para o agente entregar documentos pessoais e dinheiro, sob ameaça de morte. O agente recebeu socos e pontapés, foi jogado no chão sofreu escoriações nas pernas, joelhos e quebrou o braço direito ao tentar se defender.


“Eles me bateram com ripas e pedaços de pernamanca. Eu sou morador antigo no Bairro é isso nunca tinha acontecido comigo. Não tenho um inimigo e pela primeira vez fui agredido. Tenha certeza que isso é resultado do meu trabalho no presídio. Foi vingança. Nós que trabalhamos no presídio temos muitos inimigos e corremos risco aqui fora”, disse o agente Francisco de Assis.

Os agressores foram identificados como sendo Antônio e Reginaldo Silva que são irmãos. Antônio, de acordo com as primeiras informações é um ex-detento. Ambos estão foragidos e a policia ainda não tem pistas.

Francisco de Assis, disse que mesmo sofrendo muitas dores teve que esperar mais de trinta minutos na Delegacia de Flagrantes para ouvir gritos do delegado plantonista, que recusou atendimento. Mesmo depois da ocorrência, Francisco continua recebendo ameaças e já fez mais de seis queixas na Policia Militar. “Minha família foi obrigado há passar três dias fora de casa com medo do cerco desses bandidos”, descreve Francisco.


Adriano Marques de Almeida, representante da comissão que vai instituir o Sindicato dos Agentes Penitenciários nos dias 16,17 de julho, disse que não é a primeira vez que agentes penitenciários sofrem retaliações e vinganças por detentos. “Já tivemos mais de cinco casos de agressões e ameaças provocados pelos detentos, alguns agentes evitam fazer denúncia com medo de aumentar as represálias”, disse o representante da categoria. Adriano contou que o Instituto de Administração Penitenciária não oferece nenhum tipo de assistência para os servidores, seja psicológica e social.

Segundo Adriano, os agentes estão sem proteção para trabalhar, por isso vão fazer capacitação técnica para tentar obter legalmente o porte de armas. “Nossas condições de trabalho continuam precárias. Faltam coletes, algemas e convênios na área de saúde para os agentes”.

Francisco Costa

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