sábado, 12 de setembro de 2009

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Agentes penitenciários ameaçam entrar em greve 

Thiago Martinello, do Jornal A Gazeta   
Sáb, 12 de Setembro de 2009 08:16 


Os agentes reclamam da falta de estrutura geral; caso não sejam atendidos eles devem fazer greve
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No começo do ano, os agentes penitenciários fizeram uma série de protestos e paralisações para manifestar a insatisfação da categoria em relação à falta de estrutura nos presídios, de equipamentos de proteção individual, de escassa higiene pessoal e de benefícios salariais que não eram atendidos. Para conter o movimento, os órgãos governamentais prometeram ouvir a classe. No dia 18 de março, foi realizada uma assembléia na qual se prontificaram a pedir uma nova remessa de materiais, recebê-los em até 45 dias e já disponibilizá-los. A promessa não foi atendida e até hoje os agentes continuam em péssimas condições de trabalho, recebendo ameaças de morte constantes de presos e sem conseguir a devida assistência de amparo e proteção junto ao Estado.
Uma das principais reivindicações dos agentes é com a segurança pessoal

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De acordo com Adriano Marques, presidente do sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), para fazer com que a administração pública cumpra com sua obrigação e melhore a situação dos agentes, o sindicato protocolou um pedido junto a Secretaria de Articulação Política do Governo e espera resposta até a próxima quarta-feira, dia 16, quando vence o prazo de resposta estipulado em uma semana. Caso não haja uma posição oficial, Adriano conta que o Sindap estará publicando um edital de convocação para novas assembléias de discussões e convênios para a instauração de greves gerais.
O presidente do Sindap, Andriano Marques, declarou que a categoria está disposta a negociar e resolver a situação

“Hoje, 113 agentes penitenciários do Acre já estão capacitados para fazer o devido uso das armas de fogo e têm isso garantido pelo estatuto do desarmamento, só que a direção do Iapen não disponibiliza as armas. Eles ainda não nos deixam usá-las. Além disso, temos direito ao pagamento do adicional titular e de 20% do salário base, mas eles não nos remuneram. Estamos prontos para discutir isso e todas as outras irregularidades. Caso não se manifestem, a solução será convocar a categoria para uma greve geral com o objetivo de colocar novamente em pauta as nossas reivindicações que deveriam, mas não são atendidas”, declarou Adriano Marques.
O presidente do Sindap também questionou os investimentos do Governo para reforçar algumas áreas da Segurança Pública, em esquecimento a outras. “Compraram um monte de novas viaturas (142) para as Policias Civil e Militar e até um helicóptero de milhões (R$ 7,9 mi). Não temos nada contra isso, só que queremos que eles vejam também as nossas necessidades e comprem os materiais de que precisamos”, ressaltou.
Fotos - Diego Gurgel, A Gazeta
Fonte - Agazeta.net

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