terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O RIO BRANCO.NET



Ricardo Bessa,


Do oriobranco.net

Policiais civis discutem medida que prevê porte de arma somente em serviço

Os policiais civis acreanos se reúnem em Assembléia Geral, na manhã desta quarta-feira, a partir das 9h, no auditório do colégio Estadual Armando Nogueira para tratar do processo de negociação com o governo. O principal ponto a ser discutido pela categoria é a proposta da direção Geral da Polícia Civil para regulamentar e restringir o porte de arma durante o serviço.

De acordo com Claudinei Correia, Secretário Geral do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol-AC), a proposta não é aceita pela categoria, que entende que o policial está sujeito aos perigos inerentes à profissão também durante o período que não está de serviço. “Nós não deixamos de ser policiais quando estamos de folga”, justificou Correia. Segundo ele, a direção Geral da Polícia Civil utiliza como argumento para restringir o porte, os homicídios recentes cometidos por policiais, tanto civis como militares, durante as folgas. “Atitudes isoladas não podem ser usadas para penalizar toda a instituição”, falou o secretário.



Correia diz que, os policiais pretendem se mobilizar para retirar do projeto o texto que modifica o porte arma. “Essa restrição é inconstitucional”, afirmou. Ele explicou que a Lei 10826/03 do Código do Desarmamento, garante o porte de armas ao policial civil em tempo integral. “Mesmo que seja aprovada, nós vamos entrar com uma ação pedindo a inconstitucionalidade”, disse.

O Policial Civil Júnior César defende que o porte de arma deve ser livre para os policiais. Para ele, a saída para evitar os crimes cometidos por policiais passa por um acompanhamento institucional do policial problemático, geralmente com distúrbio psicológico ou dependente químico, e a adoção de medidas para evitar que a arma se torne um perigo, através de acompanhamento psicológico, afastamento das funções ou até mesmo o recolhimento da arma pertencente a ele. “A maioria desses policiais começam a apresentar problemas bem antes de cometerem crimes”, destacou o policial.

O projeto que altera a Lei Orgânica da Polícia Civil do Acre vai à votação na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac) no dia 15 de dezembro. Os policiais civis também negociam a instituição de aposentadoria especial, nível superior como requisito para ingresso na instituição e pagamente de seguro de vida aos familiares dos policiais vítimas de fatalidades durante o serviço.

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