terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A TRIBUNA: AGENTES PENITENCIÁRIOS PEDEM SOCORRO PARA ATUAR NO PRESÍDIO



Os agentes penitenciários devem participar na tarde desta terça-feira (18) de uma reunião com o novo diretor-presidente do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen), Dirceu Augusto. O encontro deve ocorrer na sede da Secretaria de Articulação, localizada no centro.

A presidência do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC) informou que vai apresentar um relatório com as deficiências para trabalhar no presídio estadual Dr. Francisco D’Oliveira Conde (FOC).

Também vamos apresentar os problemas relacionados à falta de efetivo e a falta de equipamentos para segurança dos agentes”, adiantou Adriano Marques, presidente do Sindap.

Detentas voltam a “bater cela”

Na semana passada, a reportagem de A Tribuna divulgou com exclusividade que detentas que cumprem pena no presídio feminino de Rio Branco promoveram uma tentativa de rebelião. Assim como foi previsto por agentes que trabalham no local, no sábado (15) a situação se repetiu.

As detentas voltaram a bater grades, como nós tínhamos anunciado. Elas ficaram contrariadas depois que a direção do presídio suspendeu o banho de sol. Como só éramos quatro agentes trabalhando, ficamos apreensivas. Não tinha segurança alguma se elas fizessem uma rebelião”, contou uma das funcionárias do complexo penitenciário, que preferiu não tem o nome revelado.

O secretário estadual de Direitos Humanos, Henrique Corinto, explicou que a primeira tentativa das reeducandas em tomar o corredor do presídio ocorreu quando houve uma negativa para que elas recebessem atendimento médico.

Ele destacou que a direção do presídio está com dificuldades em promover os atendimentos médicos e revelou que em média uma detenta é consultada nove vezes ao ano por um profissional de saúde.

“Diante da negativa, as reeducandas promoveram uma “bateção de grades”. Isso gerou um procedimento administrativo e suspensão das visitas. Sábado elas promoveram essa manifestação novamente”, afirma.

Efetivo reduzido
Henrique Corinto admite que atualmente o presídio está com efetivo reduzido, mas o secretário observa que os diretores dos presídios, que no total são cinco gestores, estão conversando e fazem reposições de serviços para evitar problemas.

“Temos agentes que estão de licença, outros de férias e alguns que estão afastados por atestados. Muitos apresentam atestados porque são vítimas de dengue. É isso que informam a maior parte dos atestados médicos. Mesmo assim, as equipes são repostas”, destaca Corinto.

Com relação à falta de policiais militares para fazer a segurança do presídio, o secretário esclarece que desde que foram registradas fugas do presídio, o governador Tião Viana determinou que a Secretaria de Segurança Pública e o comando da Polícia Militar reforçassem a segurança na área externa do presídio.

Para isso, foram enviados policiais militares para atuar no entorno da penitenciária Dr. Francisco D’Oliveira Conde e do presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Na área interna essa segurança é feita pelos agentes penitenciários. (Nayanne Santana)

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