quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Carcereiro desarmado presencia fuga de presos e chama a PM na Bahia
SALVADOR - Um carcereiro viu oito presos fugirem de uma delegacia no Sul da Bahia sem poder fazer nada. Os presos fugiram da delegacia de Almadina por volta da meia-noite de sábado, depois de serrarem as grades.
Na hora da fuga, apenas um carcereiro estava de plantão. Ele chegou a ver os presos fugindo, mas, como não tem arma, chamou a Polícia Militar. Quando os policiais militares chegaram, os presos já tinham escapado. A maioria estava presa por tráfico de drogas, homicídio e furto. A polícia ainda está à procura dos oito fugitivos.
Na zona rural de Crisópolis, a 200 km de Salvador, sete lavradores, com idades entre 20 e 40 anos, foram executados a tiros. Segundo a polícia, as vítimas estavam em uma estrada perto do povoado, quando foram surpreendidas pelos criminosos, que chegaram atirando.
A polícia ainda não tem pistas dos criminosos. Segundo vizinhos, três das vítimas teriam envolvimento com roubo de motos e tráfico de drogas. Policiais e peritos de Salvador foram mandados a Crisópolis para ajudar nas investigações.
A violência está em alta no Nordeste , à exceção de Pernambuco. Somente a Bahia registrou um aumento de 50,72% entre 2006 e 2010, passando de 3.222 mortes anuais para 4.856. A polícia baiana tem ainda uma corporação cujo índice de eficiência está entre os mais baixos do país : a média é de apenas 4,6% dos homicídios solucionados, entre fevereiro e junho de 2010.
Segundo a Secretaria de Segurança, a maioria das mortes registradas possui relação direta com o tráfico de drogas. Entre os crimes que chocaram a opinião pública está a morte das adolescentes Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, de 13 anos. Elas foram decapitadas por traficantes em Nova Divineia, na periferia de Salvador, em novembro de 2010, por estarem supostamente envolvidas com o tráfico. Os acusados disseram que as adolescentes foram mortas porque teriam tentado atraí-los para uma emboscada.
Ações desastrosas das polícias também contribuíram para o crescimento das ocorrências. Duas chacinas tiveram a participação de policiais, em Vitória da Conquista e Salvador. Outro caso que denuncia a má qualificação de policiais foi a morte do menino capoeirista Joel da Conceição Castro, de 10 anos. Ele foi atingido na cabeça por um tiro disparado por um PM que fazia uma operação contra traficantes. Por ironia, Joel e seu pai, o mestre de capoeira Joel Castro, tinham sido, pouco antes, estrelas de uma campanha de turismo do governo do estado.
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