quinta-feira, 31 de março de 2011

Em nome da "segurança" dos jornalistas, governo do PT insulta a Constituição

A justificativa de que a ação da polícia no Ilson Ribeiro 2 não poderia ser acompanhada pela imprensa em nome da segurança dos jornalistas se configurou em acinte à inteligência do mais estulto entre nós. E em nome da suposta integridade física dos profissionais de comunicação, o governo do Acre escoiceou a Constituição Federal, impedindo o direito à informação.

Quando me disseram que a secretária do Comunicação do Governo do Acre, Mariama Moreno, havia usado essa desculpa para justificar a censura, lembrei que repórteres vão à guerra desde a batalha de Solferino, no norte da Itália, em 1859.

Ao argumento de que as câmeras poderiam accirrar os ânimos dos invasores se sobrepõe a evidência de que a presença da imprensa pode conter a violência policial. E no afã de ocultar da população os excessos naturais de eventos como o do Ilson Ribeiro, o governo esqueceu que a inexistência do registro validaria a versão dos invasores. E para piorar o quadro, às declarações de que a desocupação fora feita de forma pacífica se seguiram os relatos de agressão - inclusive a grávidas e crianças - e as imagens de pessoas feridas.

Há quem, cínica e descaradamente, ponha na conta da Justiça os excessos inevitáveis no Ilson Ribeiro. Mas não foram os juízes que mandaram impedir a imprensa de cumprir o seu papel. Os magistrados, ao que parece, seguem defendendo as leis.










Imagens feitas pelo fotógrafo Dhárcules Pinheiro.
 
fonte: http://acrebaldo.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário