quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Presidentes de sindicatos defendem os agentes acusados de agressões



Qua, 31 de Agosto de 2011 00:30 JORGE NATAL

Os representantes dos sindicatos dos agentes penitenciários e dos sócio-educativos, Adriano Marques e Betho Calixto, saíram em defesa de seus colegas acusados de espancamentos e torturas em unidades prisionais. O promotor de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização dos Presídios do MPE, Dayan Moreira Albuquerque, denunciou 9 agentes penitenciários. Francisco Maia, responsável pela Promotoria da Infância e Adolescência, abriu processo investigativo.


Temos o maior respeito pelos membros do MP. Também defendemos o exercício da profissão dentro da legalidade, mas não podemos banir o princípio constitucional da presunção da inocência”, disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques, informando que os 9 agentes já foram absolvidos administrativamente.


Marques acrescentou que os agentes procuraram o sindicato para pedir providências. Também teriam levado certidões negativas expedidas por um órgão de segurança e comprovantes de que não respondem a processos administrativos. “Não podemos extrapolar princípios constitucionais. Portanto, até provarem o contrário, eles são inocentes”, destacou.


O presidente do Sindicato dos Técnicos e Agentes Sócio-educativos (Sintase), Betho Calixto, por sua vez, afirmou que os agentes estão sendo vítimas dos depoimentos de menores e de mães ‘fragilizadas emocionalmente’. “O sócio-educador é um profissional habilitado e capacitado para zelar pela vida e pela integridade dos adolescentes. Agredir, chutar, falar palavrões não é da índole de ninguém da nossa categoria”, disse.


O Sintase está acompanhando o caso e acionou a sua assessoria jurídica para inocentar os acusados. “Conhecemos cada um dos agentes. Eles são profissionais, pais de famílias, homens de coração. Temos absoluta certeza de que não seriam capazes de fazer tais crueldades”, defendeu o presidente. Ele acrescentou que o sindicato entrará com uma representação contra as pessoas que ‘criaram essas acusações infundadas’.

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