quinta-feira, 2 de maio de 2013
Agentes penitenciários manifestam por segurança e melhorias no trabalho
Agentes penitenciários realizaram, na manhã de ontem, de um buzinaço no centro da cidade. O principal objetivo do manifesto é por melhores condições de trabalho e segurança dentro e fora dos presídios. O servidores foram à Assembleia Legislativa e se reuniram com o líder do governo, o deputado estadual Astério Moreira.
De acordo com Adriano Marques, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Agepen), hoje no Acre há 1072 agentes para uma população carcerária de quatro mil presos. Ele afirmou que a sensação de insegurança é total. “Por falta do gestor estadual, nós não temos munição para as nossas armas. No Acre, temos uma situação atípica, duas mil pistolas para 1062 servidores. O gestor estadual foi tão incopetente com o sistema penitenciário, que não tem munição nem para 10% desse armamento. Nos últimos dias recebi informações que membros do PCC queriam matar agentes penitenciários. Teve interceptação telefônica. Um colega teve que dormir no presídio com a família para se proteger, já que lá é o local onde há mais servidores armados. Os criminosos estão soltos e os agentes dentro do presídio. Isso é um alerta para o descaso”.
No dia 25 de abril, o agente Junior Bessa foi baleado enquanto se dirigia ao trabalho. Adriano relata que nos últimos dias, outros agentes sofreram ameaças. “O agente, quando foi assumir o serviço, recebeu diversos tiros. Graças à Deus ele não corre o risco de vida. Outro colega, dois dias depois, teve sua casa invadida. No domingo, ao sair do serviço, outro agente foi atropelado e a pessoa não parou para prestar socorro. Fica a dúvida se foi mais um atentado ou um simples acidente. Um colega descobriu um plano para matá-lo, em um evento que iria ocorrer”.
Dirceu Augusto, diretor-presidente do Insituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), afirmou que os fatos já estão sendo apurados pela polícia. “Misturou-se a investigação da Polícia Civil, que é fechada e sigilosa com o problema da penitenciária, que não tem nada a ver uma coisa com outra. Alguns incidentes pontuais com agentes estão sendo investigado pela polícia. O Iapen está interessado para saber se há alguma ligação entre os fatos. Estamos tomando providências. As reivindicações dos agentes, na medida do possível, estão sendo aceitas sem nenhum problema”.
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