As revelações feitas pela Juíza Luana
Campos, da Vara de execuções Penais de Rio Branco, no mês de julho, de
que a droga comercializada e consumida nos presídios de Rio Branco entra
pela cozinha da penitenciária Francisco D’Oliveira Conde (FOC) pode ser
comprovada através de fotografias cedidas à reportagem de ac24horas.com.
Os registros foram feitos no início do
mês, onde cerca de 1.200 fardos de arroz foram descarregados na cozinha
da unidade, que há anos vem servido de deposito da empresa que fornece a
alimentação dos presos.
O agente que cedeu as fotos afirmou
que neste dia a carreta bi-trem, placas IUM–5955, entrou no presídio sem
passar por nenhum tipo de fiscalização, pois o Raio X e o Portal de
detectou de metais estão inutilizados (quebrados a cerca de dois anos).
“Fica impossível trabalhar dessa
maneira, não temos o mínimo de estrutura necessária para uma
fiscalização eficaz. Os aparelhos de Raio X e o Portal detector de
metais estão quebrados há mais de dois anos e as raquetes para revista
individual são insuficientes. Trabalhamos no limite entre a vida e a
morte, pois por meio dessas carretas que acessam as unidades prisionais é
que entram armas, drogas e celulares; isso já foi até admitido pela
Juíza da Vara de Execuções Penais”, disse o agente, que afirmou que o
gerente de segurança do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN)
Elder Ribeiro Luz e o diretor da FOC, Denis Leandro Picolo, tem
conhecimento do caso, mas até o momento nenhuma providencia foi adotada.
A cozinha do FOC, de acordo com o
agente, está servido de deposito de alimentos da empresa Tapiri, que há
anos vem fornecendo a alimentação dos detentos. As carretas são
descarregadas pelos próprios presos, que armazenam os alimentos e
durante a semana caminhões da empresa fazem a coleta dos produtos para
abastecer os restaurantes da Tapiri.
“Desse jeito é muito fácil ganhar
dinheiro nesse Estado, a empresa não paga mão de obra para carga e
descarga dos caminhões e carretas e ainda usa a unidade de deposito”,
ironizou o denunciante, que fez questão de frisar que atualmente o
coordenador da cozinha do presídio é um ex-detento, o que fortalece
ainda mais as suspeitas de ocorrência de ilícitos.
VALE A PENA LER DE NOVO
Agepens denunciam plano de rebelião armada e entrada de drogas e armas no presídio em carreta de alimentos
7 de maio de 2013 - 10:25:08
Na tarde desta terça-feira (7), uma comissão de agentes penitenciários
esteve reunida com parlamentares estaduais, membros da Comissão de
Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para
tratarem de assuntos ligados a falta de estrutura e segurança dos
presídios acreanos, além de debaterem sobre as supostas ameaças do
Primeiro Comando da Capital (PCC) contra os carcereiros.
A reportagem teve acesso a alguns dos pontos discutidos no encontro.
Durante a reunião com os parlamentares os agentes fizeram uma série de
denuncias, entre elas um plano, elaborado pelos presos, de realizarem
uma rebelião armada para eliminar desafetos e tomar o comando do trafico
de drogas dentro das penitenciárias.
De acordo com os carcereiros, armas e drogas estariam entrando nas
unidades prisionais por meio de uma carreta, modelo bitrem, que faz a
entrega de alimentos nas penitenciárias e que por inoperância do
aparelho de raio x, quebrado há quase dois anos, estaria ocorrendo sem
maiores transtornos.
A entrada dos produtos ilícitos é de conhecimento do departamento de
inteligência do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN), mas
até o momento nenhuma medida foi adotada pelo instituto.
“É de conhecimento do departamento de inteligência do IAPEN a suspeita
de que drogas e armas estão entrando no presidio por meio de uma carreta
que semanalmente faz a entrega de alimentos na cozinha da unidade.
Informações repassadas por presos dão conta de que pelo menos cinco
armas de fogo estariam em poder de um grupo de presos que estão
planejando uma rebelião para eliminar rivais e tomar o controle do
tráfico de drogas dentro da penitenciária, isso tudo é de conhecimento
do instituto, mas até o momento nenhuma providencia foi tomada, estamos
trabalhando com a adrenalina no limite”, desabafou um dos agentes que
pediu para não ser identificado.
Na semana passada agentes penitenciários que trabalham no presídio de
segurança máxima Antônio Amaro Alves encontraram dentro de um marmitex
um aparelho celular que seria entregue ao um dos presos. O telefone foi
acondicionado dentro da comida preparada na cozinha da penitenciária.
No final do ano passado pouco mais de um quilo de maconha foi encontrado
dentro de uma lixeira. Os agentes revelaram que os faxineiros do
presídio são os responsáveis por fazerem o transporte e a entrega dos
ilícitos dentro das unidades, é atribuição dos faxineiros também
repassar informações entre os pavilhões.
Fontes: http://www.ac24horas.com/2013/10/17/fotos-revelam-que-drogas-entram-no-presidio-francisco-de-oliveira-conde-pela-cozinha/
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