sábado, 2 de novembro de 2013

Ex-presidiário fatura mais de R$ 1 milhão por ano com reciclagem




Depois de cumprir pena de seis anos no presídio da Papuda, em Brasília (DF), por assalto e roubo de carro, Fernando de Figueiredo, 44, foi em busca de uma oportunidade de trabalho, mas sem sucesso. Resolveu, então, abrir um negócio próprio junto com outros egressos do sistema prisional.



Hoje fatura mais de R$ 1 milhão por ano –entre R$ 120 mil e R$ 150 mil por mês– com a cooperativa de reciclagem de madeira Sonho de Liberdade, e gera uma renda mensal de R$ 1.000 a  R$ 4.000 para os cooperados.

Segundo Figueiredo, o negócio surgiu porque um grupo de 10 colegas não conseguia trabalho. "O mercado, de modo geral, rejeita presidiários", diz. 

Atividade começou com a produção de bolas

Por dominarem a técnica de fabricar bolas de futebol –prática que adquiriram no presídio–, montaram um negócio na área para vender de porta em porta.

Depois de dois anos de mercado, a concorrência chinesa arrasou o negócio –as vendas despencaram mais de 50%, passando de 500 unidades por mês para 250. Símbolo da empresa, a bola foi trocada, em 2007, pela reciclagem da madeira utilizada pela construção civil e depositada no aterro do Distrito Federal.

Figueiredo afirma que a cooperativa tem entre seus clientes duas indústrias do agronegócio: Cargill e Bunge. 

Desde o início, a estratégia de negócio foi buscar parceiros privados e públicos.

"Percebemos uma nova oportunidade de negócio, pois era uma montanha de madeira parada na nossa  frente", diz Figueiredo.

Os cooperados afirmam que reciclam 1.500 toneladas por mês. Eles separam a madeira, que depois é triturada e vendida à indústria, onde vira combustível para as caldeiras.


Na foto, caminhão da cooperativa Sonho de Liberdade; segundo o coordenador, Fernando de Figueiredo, a entidade já investtiu R$ 450 mil em equipamentos para aumentar a produtividade e qualidade dos móveis.

Uma parte é trabalhada para confecção de móveis rústicos.

De acordo com Figueiredo, quando a cooperativa de reciclagem começou a dar resultado, os cooperados decidiram fazer uma parceria com a UNB (Universidade de Brasília), que criou uma linha de seis produtos.
A universidade fez o design dos móveis, e os preços variam de R$ 300 (poltrona) a R$ 1.300 (mesa de centro). Os produtos são vendidos sob encomenda para restaurantes, lojas e empresas.

Fonte: http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2013/10/22/ex-detento-fatura-r-1-milhao-com-cooperativa-de-reciclagem-de-madeira.htm

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