A partir das 06 horas da manhã de sexta feira 04, Agentes Penitenciários passam a cumprir normas
que podem inviabilizar o trabalho nos presídios de todo o Estado.
Segundo o Vice Presidente Estadual do SINDAP-AC (Sindicato dos Agentes
Penitenciários do Acre), Dalvanir Batista, a categoria não está se
rebelando, fazendo greve ou paralização, apenas vão cumprir normas
estabelecidas pelos órgãos que controlam o Sistema de Segurança no país.
O sindicalista alega que a categoria está trabalhando no limite do
aceitável, sem condições dignas para eles e para os presos. Colocando em
risco a segurança de toda a sociedade.
Pela lógica do Sistema
Prisional, o agente penitenciário representa na prática os braços da
justiça e as mãos que protegem herói anônimo e guardião da sociedade
acreana. Sem o trabalho do agente penitenciário não existe prisão,
justiça e muito menos segurança aos próprios presos e a sociedade em
geral. Serviços de assistência Jurídica, médica, social, psicológica e
religiosa, não podem ser prestados sem a presença do agente
penitenciário. O respeito ao preso enquanto ser humano passa
necessariamente pelo reconhecimento e valorização destes servidores
públicos.
Acontece que no acre estes profissionais vêm trabalhando com várias carências entre elas destacam-se:
- Falta de efetivo, Falta de equipamentos de segurança, equipamentos de
comunicação, viaturas sucateadas, ambulância sem condições de uso,
Falta de fardamento etc.
Segundo o líder sindical, em Cruzeiro do
Sul existem cerca de 550 homens presos e apenas 120 agentes. Já no
presídio feminino existem 48 mulheres reclusas para 19 agentes, o que
inviabiliza uma boa execução da função de agentes. Para se ter um
exemplo, a norma é dois agentes para escoltar 01 detento.
Caso o IAPEN
(instituto de Administração Penitenciária do Acre) não atente para que o
sistema seja mais bem equipado é possível que o caus se instale nos
presídios, criando problemas que podem afetar a rotina diária. Visita a
presos, condução para audiências e assistência médica podem ser
prejudicados.
Na capital do estado o SINDAP-AC, propôs a Mesa
Diretora da ALEAC à criação CPI para investigar o sistema prisional,
alegando várias carências e inclusive denunciando que 500 kg de drogas
entram nos presídios.
Imagens/Noticia: Tribuna Do Juruá
Divulgação: Cruzeiro Do Sul Informativa
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