Marcio Bittar realiza visita aos presídios de
Rio Branco.
Dando continuidade à sua agenda
institucional, o deputado federal Marcio Bittar (PSDB) dedicou a tarde
de quinta-feira, 25, para visitar os três presídios de Rio Branco.
Acompanhado do deputado federal Gladson
Cameli (PP), do deputado estadual Major Rocha (PSDB) e de Adriano
Marques, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Bittar foi
recepcionado pelo Secretário de Segurança Pública, Renir Graebner.
A visita teve início pelo Presídio
Francisco de Oliveira Conde, onde Marcio foi ciceroneado pelo diretor da
unidade, Denis Leandro Picolo.
Os problemas identificados no maior presídio do estado têm inicio na entrada, onde o detector de metais não funciona e os agentes trabalham sem equipamentos de segurança.
Na área administrativa da unidade
prisional o ambiente é repleto de ‘improvisos’. Corredores que foram
transformados em salas, portas sem maçanetas, dentre outros.
O agente penitenciário
Marcio Bento Mota, ao saber da presença dos visitantes, foi
cumprimentar o parlamentar tucano e contou de sua história dentro do
presídio. “Dia cinco de agosto do ano passado, durante o banho de sol,
80 detentos fizeram uma ‘escada humana’, chegaram à guarita onde eu
estava de serviço e me jogaram de lá (a guarita de segurança tem mais de
5 metros de altura)”. “Ele só está aqui contando isto para nós pois
caiu para o lado de fora do presídio, onde tem um matagal, se tivesse
caído dentro (piso de concreto),
teria, certamente, morrido”, informou Denis Picolo. À época policiais
militares conseguiram evitar a fuga dos envolvidos. O agente
penitenciário Marcio Bento, fazia naquele momento a guarda de 250
presos, sozinho.
A comitiva prosseguiu visitando os pavilhões e alojamentos dos guardas, onde presenciou a falta de energia
elétrica em todo o presídio. Guaritas sem a presença de policiais, pois
segundo o diretor Picolo, não há efetivo suficiente para realizar o
serviço. E alojamentos sem qualquer condição de abrigar os servidores
públicos.
“Atualmente são dois agentes
penitenciários para fazer a guarda de 250 homens por pavilhão.
Servidores que agem sem uma arma, colete e usando apenas cassetetes”,
informou Adriano Marques.
A assistente social Jandira Maria
Bandeira, diretora da Unidade de Regime Fechado 01, de Rio Branco,
também acompanhou a visita e informou que atualmente, cerca de 1400
homens estão detidos no Oliveira Conde, quando a capacidade do presídio é
341 detentos.
Os agentes penitenciários que estavam de serviço durante a visita pediram para conversar com Marcio Bittar e Renir Grabner.
“Estamos esquecidos aqui dentro. Parece
até que os marginais somos nós. Estamos literalmente pedindo socorro”,
disseram os agentes.
A comitiva visitou também o presídio de segurança máximo, Antonio Amaro Alves e a Papudinha.
Neste último, Bittar chegou à noite, no
horário de retorno dos detentos do semi-aberto e ficou impressionado com
a falta de segurança do local. Um único agente recepciona os detentos
que têm acesso ao presídio por uma porta lateral, onde passam por
revista.
No interior do presídio, visitantes e reeducandos utilizam a mesa área, livremente, sem qualquer barreira de segurança.
“Lamentavelmente, nós brasileiros temos
uma ideia errônea quanto à Segurança Pública, que tratamos como ‘carne
de terceira’, mas quando precisamos de sua atuação, exigimos de
primeira. Esta visita institucional não é campanha política. Não estou
aqui para prometer nada, apenas colhendo impressões e sugestões para
nosso plano de governo e tomando ciência da situação em que se encontra
nosso Estado, institucionalmente. É muito diferente ler relatórios e ver
pessoalmente como estão as coisa”, disse Bittar.
O Secretário de Segurança Renir Graebner
agradeceu a visita e ressaltou a importância do trabalho conjunto
Estado e bancada federal. “Parabenizo a iniciativa do deputado e
agradeço a oportunidade de buscarmos, em conjunto, soluções para os
problemas da Segurança Pública. Estou há um mês acompanhando melhorias
aqui no presídio, mas não é de um dia para o outro que se resolve todos
os problemas”, disse Graebner.
Durante a visita aos presídios não foi autorizado o uso de máquinas fotográficas na parte interna das unidades prisionais.
Fonte: http://www.contilnetnoticias.com.br/index.php/noticias-politicas/6352-estamos-esquecidos-aqui-dentro-parece-ate-que-os-marginais-somos-nos-diz-agente-durante-visita-de-bittar
Nenhum comentário:
Postar um comentário