segunda-feira, 14 de julho de 2014

Detentos protagonizam luta dentro de presídio no AC e vídeo cai na web




Imagens registradas dentro do Presídio Francisco de Oliveira Conde, na Unidade de Recolhimento Provisório (URP), em Rio Branco, mostram detentos promovendo uma luta dentro de uma cela. Durante o vídeo, feito pelos próprios presos com um celular e compartilhado nos últimos dias no aplicativo WhatsApp, um dos homens chega a desmaiar após receber vários golpes de outro detento.

Segundo o gerente de segurança e inteligência do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Helder Ribeiro Luz, a briga foi registrada no pavilhão D na unidade e quatro presos provisórios que aparecem nas cenas foram identificados. "Vai ser aberto um procedimento administrativo contra os presos que estão nas imagens. Isso pode incorrer na prática de um novo crime, que seria lesão corporal", afirma.
De acordo com o diretor da penitenciária, Denis Picolo, ainda não foi possível saber quando o vídeo foi gravado, nem de que forma o celular entrou no presídio. "Vou abrir sindicância pela conduta do próprio preso e vamos tentar pegar esse aparelho telefônico. A sindicância administrativa deve durar 60 dias, período em que serão feitos os trabalhos de investigação para saber detalhes do episódio", garante.
Falha nas revistas

Para Adriano Marques, do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), o aparelho pode ter entrado no presídio em dia de visita. "Esse celular possivelmente passou por meio de uma visita, nas partes íntimas", diz.

Marques diz ainda que há a suspeita de que as brigas envolvam dinheiro. "Vamos pedir uma investigação do Ministério Público. Porque enquanto não tiver um serviço de monitoramento de vídeo, podem estar acontecendo não só a questão dessas brigas, que estão virando apostas envolvendo dinheiro, como pode ocorrer prostituição em dias de visitas", denuncia.
Ele acredita que no sistema penitenciário existe a falta de estrutura humana e material que contribuem para as falhas nas revistas e manutenção da ordem nas unidades.

"É impossível um agente penitenciário, ou dois, em um pavilhão com 200 presos conseguir impor a ordem e a disciplina. Ele mesmo está correndo risco. Essa mesma quantidade de servidores faz a revista manual nos visitantes. Então, para acabar com isso, é necessário um aparelho de scannercorporal, o bloqueador de celular e um sistema de monitoramento de vídeo 24 horas, que não há em nenhum presídio do Acre", reclama. 

Fonte: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/07/detentos-protagonizam-luta-dentro-de-presidio-no-ac-e-video-cai-na-web.html

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