Agentes penitenciários do Acre, lotados na unidade prisional de segurança máxima Antônio Amaro Alves (AAA) realizam nesta quinta-feira, 28, uma paralisação de advertência de 24 horas, em reivindicação de melhores condições de trabalho e da mudança da direção da unidade. O presidente do sindicato da categoria, Adriano Marques afirmou que a direção do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) está sendo omissa e prevaricadora em relação ao caos da unidade AAA.
“No dia de 10 de março deste ano protocolei um ofício detalhando a situação de insegurança máxima da unidade prisional Antônio Amaro Alves, mas até a presente data nenhuma resposta foi dada, isto é o exemplo concreto de que quando se tem um mau subordinado é porque o seu superior e pior ainda”, disse Marques.
Em relação à direção do Antônio Amaro Alves, o sindicalista falou que o sindicato recebeu denuncias de que a direção da penitenciária tem contribuído para o clima de insegurança e desordem dentro da unidade.
“Há que se ressaltar que as principais reclamações que o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap) recebeu foi que a direção tem contribuído para o favorecimento do clima de insegurança e desordem dentro do presídio, já que não vem aplicando - com a devida correção e seriedade - as medidas administrativas necessárias em relação aos presos, pretendendo ‘agradá-los’ para que não façam reclamações ou denúncias contra a direção”, denunciou.
Adriano Marques afirmou ainda que uma vez que a direção se utiliza desta forma, equivocada, de procedimento, cria um mecanismo de dependência em relação aos presos, vez que estes passam a exigir ações e favorecimentos que não deveriam existir, em troca de manter um “tratado de paz” em relação à direção.
De acordo com o sindicalista, todos os trabalhos considerados de emergência serão mantidos, como as escoltas de emergência, segurança interna e externa do sistema, transportes para atendimentos hospitalares e entrega da alimentação aos presos.
Caso não haja resposta positiva do governo em dialogar com os agentes penitenciários, eles já anunciaram que podem deflagrar uma greve, só que desta vez por tempo indeterminado.
“Aproveito para registrar que a incompetência e negligência da direção do Iapen precisam ter limites, mais de 40 agentes penitenciários de Cruzeiro do Sul estão há mais de 60 dias esperando o deferimento de cautelas de armas institucionais”, finalizou Marques.
Fonte: http://www.jornalopiniao.net/editorias/geral/1128-agentes-penitenciarios-do-antonio-amaro-decidem-parar-por-24-horas
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