sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A TRIBUNA

Agentes penitenciários decidem se entram em greve até dia 29




O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques, informou que nos dias 28 e 29 deste mês a categoria estará reunida no auditório da escola Armando Nogueira, a partir das 9 horas, para realizar uma assembleia. Entre as pautas discutidas na reunião, está a possibilidade da realização de greve por tempo indeterminado.



O representante dos agentes penitenciários contou que as reuniões realizadas com o secretário de Articulação, Francisco Nepomuceno, o "Carioca", não trouxeram nenhuma mudança para a categoria.



“Nós realizamos várias manifestações e, de lá para cá, os problemas só aumentaram. Se antes tínhamos um problema, agora temos vários porque a cada dia que passa pioram as nossas condições de trabalho”, afirmou.



Outros pontos que serão discutidos são as ações judiciais contra o Instituto Penitenciário do Acre (Iapen) e a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 308/04, que propõe a criação da polícia penitenciária.



Adriano Marques classificou o Iapen como um “poço de problemas”. De acordo com o líder dos agentes, entre os problemas que ele pode destacar, a desproporcionalidade entre o número de agentes e o de reeducandos.



Para se ter uma ideia, os pavilhões A e K têm em torno de 160 presos e tem em escala de quatro a cinco agentes. É algo completamente desproporcional e absurdo, aumenta ainda mais a situação de risco dos agentes”, declarou.



O agente disse que, em todas as unidades prisionais do Acre onde atuam agentes penitenciários, a categoria está insatisfeita. Ele ressaltou que deve visitar todas as unidades do Acre para conhecer de perto a realidade em que atuam os colegas na busca de melhores condições.

Adriano disse que na próxima entrevista que conceder à imprensa usará nariz de palhaço como forma de manifestação.



“Na primeira entrevista ao vivo que tiver, eu vou colocar um nariz de palhaço, porque o governo, para nós, só pode ser motivo de riso. Nós somos discriminados, porque o que nós pedimos são os direitos previstos em lei”, adiantou.


(Nayanne Santana)

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