quinta-feira, 24 de junho de 2010

UM BOM EXEMPLO


Quatro colegas de trabalho se uniram com a ideia de conscientizar crianças e adolescentes sobre os riscos que o envolvimento com a violência e as drogas podem gerar e criaram o projeto Agente Penitenciário nas Escolas: Um novo conceito de segurança pública e justiça. A primeira edição do projeto aconteceu na quarta-feira (29), na Escola Estadual Professor José Leão Nunes, em Vale Esperança, Cariacica.

O trabalho envolve os agentes de escolta e vigilância penitenciária Renato Soares, de 33 anos; Paulo Silveira, de 35 anos; Fabrício Ferreira, de 31 anos e Tiago Albuquerque, de 25 anos.

Renato Soares explica que a ideia surgiu durante os estudos para elaboração do seu projeto de graduação em Direito, que tratava da importância da correção dos pequenos delitos no combate à violência. Conheci o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que é desenvolvido por policiais militares no Espírito Santo. Daí veio a ideia de adequar o projeto para os servidores do sistema penitenciário, o que é inédito no País, disse o agente.

Utilizando recursos audiovisuais e a experiência do cotidiano em unidades prisionais, o projeto visa a promover encontros e debates com estudantes do Ensino Fundamental e Médio para tratar de assuntos como violência, drogas, prisão e ressocialização. Além de conscientizar os jovens de que o envolvimento com atos ilícitos pode sim, levar à prisão, e não é uma coisa que só acontece com os outros. Queremos acabar com o estigma de que os agentes penitenciários são violentos e torturadores de presos, explica o agente Paulo Silveira.

No encontro realizado em Cariacica, participaram três turmas da 7ª série, uma média de 60 alunos com idades entre 13 e 15 anos. O contato com os alunos foi incrível. Um dos momentos de maior interação foi quando lançamos a pergunta: Qual profissão você quer seguir? Mostramos fotos de vários profissionais em ação e de um conhecido traficante. Aí, veio para eles a constatação do que o envolvimento com as drogas pode trazer: cadeia, sofrimento e muitas vezes, a morte, conta Renato.

Os agentes explicaram que em todas as profissões existem os bons e os maus profissionais e que aqueles que não cumprem seu papel de forma adequada, inclusive, agredindo outras pessoas são minoria e que devem ser denunciados e punidos.

Entre os alunos também apareceram aqueles que já conheceram um presídio, ou seja, têm algum conhecido cumprindo pena. A escola recebeu a doação de duas bolas de basquete e vôlei, que são produzidas por internos do sistema prisional capixaba, por meio do projeto Pintando a Liberdade.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Sejus

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