sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PARAÍBA EM QAP



Especialista em segurança pública lamenta falta de Polícia Penal no Brasil



“Na Europa somos motivo de risadas porque não conseguimos sequer impedir celulares em presídios”.


É, nós somos o país do futebol e isso nos traz ‘orgulho’ na aldeia global. Mas existem inúmeros aspectos da vidinha brasileira que são motivos de gargalhadas pejorativas em outros países. O sistema prisional é um deles.

Em recente entrevista ao Globo News, o especialista em segurança pública Walter Maierovitch teve pouco tempo para falar sobre o que chamou de “calcanhar de Aquiles da política nacional”. Na opinião do cientista, o sistema prisional deveria ser o braço direito no combate ao crime. Mas não passa de um grande ‘parceiro’ da bandidagem.

Um sistema penitenciário que não consegue bloquear celulares, onde o ‘esporte’ do preso hoje é praticar falso seqüestro de dentro dos presídios?!”, questiona Maierovitch. “Alemanha, França e Itália não têm um só caso de apreensão de celulares em presídio. Quando se fala nos casos brasileiros por lá eles dão risada!”, acrescenta.


Na avaliação do estudioso, o Brasil já deveria ter criado a Polícia Penitenciária há muito tempo. Para ele, assim como ocorre na Itália, por exemplo, o sistema penal é o setor mais estratégico para ‘colar’ no preso e combater o crime com mais eficácia.

- O Brasil optou até pela Polícia Ferroviária, mas Polícia Penitenciária nunca se pensou – lamenta.

‘Na cola’

Uma vez detido, é por meio do sistema prisional que o sujeito passa a ficar nas mãos do Estado. Nome, foto, filiação, endereço, dados da família e uma leva de informações estão bem ali à disposição. Com um pouco de investimento, todos os passos do crime seriam friamente seguidos pelo Estado. Se este quisesse, claro.

Mas para isso, seria necessário a criação da Polícia Penal (ou Polícia Penitenciária, tanto faz), uma decisão meramente política. A ‘PP’ – como certamente ficaria conhecida – desafogaria e muito o trabalho das polícias Civil e Militar, resultando assim em mais segurança nas ruas.

Com equipes de escolta, custódias, intervenções, vigilância e investigação exclusivamente voltadas para o sistema prisional, o duro jogo da vida ou morte no combate ao crime mudaria de placar.

Enquanto existe ‘polícia’ para fiscalizar as linhas de trem, o cidadão que passa por uma esquina qualquer é vítima de crimes que nascem atrás das grades.

É. Somos os donos das quatro linhas. Mas no campo de batalha, andamos pisando na bola...

ParaibaemQAP


fonte: http://www.paraibaemqap.com.br/noticia_destaque.php?id=5830

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