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terça-feira, 23 de agosto de 2011
DETENTAS SE REBELAM E DESTROEM FORRO DE PAV. FEMININO
Ter, 23 de Agosto de 2011 01:01 TIAGO MARTINELLO
As 174 presidiárias na Capital fizeram uma rebelião e destruíram o forro e parte das telhas do pavilhão feminino do Presídio Francisco d’Oliveira Conde. A revolta aconteceu na noite do último sábado (20). Elas fizeram uma série de reivindicações, tais como o fim da superlotação na unidade, falta de uma ala médica mais preparada, revisão das suas penas, qualidade da comida, maus-tratos, instalação de berçário e até mais agentes penitenciários para controlar a prisão. O local ficou destruído e as presas foram realocadas pra outras unidades.
Tudo começou por volta das 19h do sábado, com um forte ‘bate-bate’ de grades. As internas começaram a clamar seus protestos e discutir com as 8 agentes de plantão. Às 22h30, elas decidiram tomar atitudes mais enérgicas quebrando com as mãos o forro de madeira e partes do telhado de cerâmica. Elas ainda tentaram fazer as agentes de reféns. Diante da insurreição, as agentes de imediato acionaram a polícia. Os militares atenderam de pronto o chamado. Por volta da meia-noite, conseguiram controlar o movimento, evitando fugas.
O pavilhão - que havia sido reformado ainda neste ano - ficou parcialmente destruído. Por isso, 106 das presidiárias foram organizadas e conduzidas a um pavilhão improvisado no presídio de segurança máxima Antonio Amaro Alves. As demais 68 foram alocadas em outra estrutura provisória no pavilhão ‘N’ do presídio estadual.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques, o fato poderia ter sido evitado se medidas tivessem sido adotadas antes. Como exemplo destas ‘medidas’, ele citou o reforço no material (madeira) do teto, providenciar equipamentos de segurança e armamento não-letal às agentes e sistema interno de vídeo.
“Além disso, mais agentes devem ser contratados. O governo vai contratar 140 agentes agora. Isso é bom, mas não é suficiente ainda. Só Rio Branco precisa de 200 e há ainda 300 agentes na lista de espera, que poderiam ser contratados”, disse Adriano Marques.
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