quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Agente penitenciário sofre atentado



Qui, 12 de Janeiro de 2012 14:28 JORGE NATAL


O agente penitenciário Elissandro Pereira Cruz foi vítima de uma tentativa de homicídio. Na manha de quarta-feira (11), dois homens em uma moto entraram no seu     apartamento e, só consumaram o ato, por causa da astúcia do agente, que percebeu a intenção e travou luta corporal com os bandidos.  “Felizmente a arma não disparou”, disse Elissandro, que registrou queixa na polícia e comunicou o fato ao no Ministério Público Estadual (MPE).

O modus operandis  é quase idêntico ao que aconteceu com o também agente penitenciário Roney Barbosa Vidal, assassinado em 2010 com quatro tiros em plena manhã, na Avenida Ceará. “Eu estava dentro de casa quando dois meliantes, armados com um revólver, foram ao meu encontro. Ao sacar a arma, eu me agarrei e empurrei um deles, tranquei a porta e depois corri”, relatou Elissandro, mostrando os hematomas.

Cerca de 2.000 colegas foram assassinados na última década no Brasil. Por falta de atenção das autoridades constituídas deste país, chefes de famílias, pessoas honestas e trabalhadoras se foram”, criticou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques, dizendo que vai levar os fatos à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)

O atentado disseminou uma sensação de insegurança na categoria. Por reunir as condições, Elissandro solicitou porte de arma (cautela de uma arma institucional, algo comum nas Polícias Civis e Militares) do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen), o que foi “prontamente” negado pelo diretor, Dirceu Augusto Silva. “Quem está fazendo a minha segurança e da minha família é a turma do sindicato”, declarou o agente, indignado com a negativa. 


A segunda profissão mais perigosa do mundo
 
Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (IOT) apontou a profissão de agente penitenciário como a segunda mais perigosa do mundo. O agente é mais vulnerável em casos de rebelião, sendo usado como moeda de troca. “As ameaças nos presídios são constantes, numa frenética tensão, que deixa o nosso profissional com uma expectativa de vida de apenas 43 anos”, revela o Marques.

O contato do agente penitenciário com o preso é direto. Sem contar com a falta de  material de segurança e proteção dentro dos presídios, o agente, todos os dias, abre as celas.

Durante todo o dia, os presos ficam livres pelos pátios do presídio, tomando banho de sol. À noite, os agentes fecham as celas e é nessa hora que as revistas são feitas. Somente eles podem fazer apreensões dentro da cadeia.

fonte: http://www.agazetadoacre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=26056:agente-penitenciario-sofre-atentado&catid=75:policia&Itemid=108

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