sexta-feira, 2 de novembro de 2012

AGEPEN baleado por fuzil segue internado em Campinas






Funcionário foi atingido enquanto dirigia um carro do CDP de Hortolândia.
Vítima está internada em estado grave no Hospital de Clínicas da Unicamp.


O agente penitenciário da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) que foiatingido por um tiro de fuzil enquanto dirigia um carro oficial e seguia para o Centro de Progressão Penitenciária (CDP) "Professor Ataliba Nogueira" de Hortolândia (SP) permanece internado. O estado de saúde do funcionário na noite desta terça-feira (23) é grave e sem previsão de alta do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O disparo ocorreu por volta das 10h, na Rodovia Jornalista Francisco Aguirre (SP-101), que liga a cidade a Monte Mor (SP). A bala atravessou a lataria do carro, os bancos e atingiu as costas da vítima. Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, João Rinaldo Machado, o agente pode ter sido reconhecido pelos suspeitos. “Ele foi buscar um veículo da coordenadoria que estava em uma oficina e no trajeto de volta, possivelmente uma caminhonete se aproximou e fez o disparo”, disse. O carro não tinha nenhuma característica que pertencia ao sistema penitenciário.

De acordo com o sindicato, o funcionário, de 43 anos, era antigo no sistema e ultimamente trabalhava na coordenadoria dos estabelecimentos prisionais. Para Machado, a categoria tem exigido punições mais rigorosas contra esses crimes e por conta da sensação de insegurança. "Nós estamos diretamente ligados aos presos e nos tornamos um alvo quando estamos fora das unidades”, explica.
A SAP, por meio de nota, afirmou que solicitou a SSP uma apuração "rigorosa" do caso. Até a publicação da reportagem, ninguém foi preso por envolvimento no caso.

O crime ocorreu no dia seguinte da operação do Ministério Público e a Polícia Militar que prendeu 27 pessoas suspeitas de integrar facções criminosas na região. Os integrantes das quadrilhas agiam dentro e fora dos presídios paulistas e as investigações apontam envolvimento com tráfico de drogas e roubo de carga. 

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