segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Servidores denunciam assédio moral em presídio de Sena Madureira


Os servidores relataram, ainda, que presos que deveriam estar cumprindo medidas disciplinares, são “anistiados” de suas punições pela diretora.
Gleydison Meireles, da Agência ContilNet









O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC), Adriano Marques, protocolou na tarde de sexta-feira (4) denúncia formal contra a atual diretora do presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, Sebastiana Monteiro de Souza, por assédio moral contra servidores da unidade prisional. 

De acordo com o sindicalista, dos 88 servidores, 67 assinaram um abaixo-assinado denunciando a gestora e pedindo a sua exoneração. 

Em um trecho do documento, os funcionários exigem sua destituição a fim de preservar o bom andamento do serviço da unidade prisional, que atravessa momentos de crise em virtude do comportamento imprudente e arrogante da diretora. 

Em outro trecho, os funcionários afirmam que desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2012, Sebastiana de Souza implantou um regime de terror dentro da penitenciária, promovendo abusos de poder e perseguições pessoais aos agentes públicos. 

 “Ela afirma que quem manda na unidade prisional Evaristo de Morais é ela, e quem não estiver satisfeito com o regime adotado pela gestão, que peça a sua exoneração. 

Ela diz, ainda, que trabalha desta forma com a autorização do diretor-presidente do Iapen e do governo do Estado”, afirmou um agente, que não quis se identificar por medo de represálias. 

Adriano Marques disse que tomou conhecimento do caso após uma visita ao presídio, há cerca de duas semanas. 

Segundo ele, os relatos dos funcionários denunciam ameaças, injúrias, assédio moral e até, tortura psicológica junto aos servidores. Ainda de acordo com Marques, a diretora Sebastiana de Souza chegou a ficar trancada em uma sala com cinco presos, sem escolta, colocando em risco sua própria vida e dos demais servidores, já que no local havia tesouras, barras de ferros e até facões, usados para o serviço de reciclagem realizado no presídio. 

A diretora queria, a todo custo, que um agente fizesse a retirada de cinco presos e os levasse à sala de reciclagem. O agente, que no momento estava só, pois os outros carcereiros acompanhavam os demais presos no banho de sol e em outras atividades, se recusou e tentou argumentar com a diretora, que demonstrando total despreparo, agrediu verbalmente o agente e em um ato de pura irresponsabilidade, abriu a cela e ela mesma escoltou os presos até a sala de reciclagem, onde existem vários materiais que podem ser usados como armas pelos presos”, explicou Marques. 

Os servidores relataram, ainda, que presos que deveriam estar cumprindo medidas disciplinares, são “anistiados” de suas punições pela diretora, sem que haja qualquer motivo para tais benefícios. 

Adriano Marques afirmou que além de protocolar as denúncias no Iapen, estará denunciando os desmandos da diretora nas esferas cível e criminal. 

Caso não haja uma solução emergencial, uma paralisação não está descartada.


 Fonte: http://www.contilnetnoticias.com.br/Conteudo.aspx?ConteudoID=22421

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