sexta-feira, 26 de abril de 2013

Agente penitenciário sofre atentado em Rio Branco


Sindicato da categoria critica gestão prisional por insegurança.
Diretor do Iapen/AC garante providências e Polícia Civil investiga o caso.



Um agente penitenciário foi vítima de um atentado a tiros na manhã de quinta-feira (25), quando deixava a casa de sua namorada, no bairro Morada do Sol, em Rio Branco, capital do Acre.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC), Adriano Marques, o agente José Bessa Pontes Júnior havia saído do seu plantão na unidade prisional de regime semiaberto minutos antes de ser alvo da tentativa de homicídio.
"Quando ele saía da casa da namorada, cerca de um quilômetro depois ouviu um barulho estranho, muito alto. Achou que era uma pedrada, mas quando percebeu o vidro do seu carro estava trincado e notou a presença de um moto ao seu lado. Ele não conseguiu identificar a pessoa que estava na moto e nem a placa por conta do estresse do momento", comenta.
Ferido com um tiro no braço esquerdo, Bessa ainda conseguiu dirigir seu veículo até um ponto de táxi próximo ao local do atentado, onde foi socorrido inicialmente pelos motoristas que lá estavam e levado ao Pronto Socorro da cidade pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele não corre risco de morte.
Sindicato critica gestão do sistema prisional


Segundo Marques, o servidor atua há mais de quatro anos na função. Ele critica que nesse período, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) em nenhum momento disponibilizou qualquer equipamento que pudesse contribuir para a defesa pessoal do trabalhador.
"Estou tentando diálogo com a assessoria especial do governador porque o Iapen possui cerca de 2 mil pistolas para pouco mais de mil servidores. Então, tem mais armamento do que servidor. Só que por falta de planejamento da gestão, não tem munição para esse armamento. É um total descaso dos gestores do sistema penitenciário", declara.
Marques afirma desconhecer o motivo da tentativa de homicídio e destaca que no início desta semana havia denunciado aos gestores do sistema penitenciário estadual sobre um plano de organizações criminosas para executar agentes penitenciários e seus familiares no Acre.
"Nesta quinta-feira se concretizou o que o sindicato havia alertado e essa omissão do poder público é assassina. Há vários requerimentos para expedição da identidade funcional com porte de arma e a direção do instituto está atrasando. Estamos tentando sensibilizar o governo e nos próximos dias vamos realizar grandes manifestos para mobilizar a categoria porque esse descaso não pode continuar", relata o presidente do Sindap/AC.
No Acre, um atentado fatal contra um servidor da categoria foi registrado no ano de 2010, quando o agente Roney Barbosa Vidal foi morto a tiros em uma das principais avenidas de Rio Branco, logo após deixar seu plantão na unidade prisional a manhã do dia 18 de abril
."O que estamos pedindo, no mínimo, condições para que possamos nos defender", declara Marques.
Diretor do Iapen não comenta acusações, mas garante providências em breve
O diretor-presidente do Iapen, Dirceu Augusto preferiu não comentar as afirmações do presidente do Sindap, Adriano Marques, sobre suposta irresponsabilidade da gestão do sistema prisional do Acre.
Segundo ele, independente do agente estar armado ou não em situações como a ocorrida na manhã desta quinta-feira, dificilmente ele teria possibilidade de defesa. “O agente que foi morto em 2010 estava portando uma arma e nem por isso conseguiu defender-se do ataque que o vitimou. Sobre essas questões que o presidente do sindicato falou não vou comentar. Estamos tomando algumas providências”, afirma.
Polícia Civil investiga denúncias sobre ordens de execução de agentes


A assessoria de imprensa da Polícia Civil no Acre declara que o episódio desta quinta-feira não tem nenhum nexo identificado que possua relação a especulações colocadas pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindap).
De acordo com a assessoria, o caso está sendo apurado pelo viés da tentativa de homicídio e uma série de razões para o ato já foram encontradas e que nenhuma delas aponta para a possibilidade da ordem de execução ter partido de dentro do presídio estadual.
A assessoria garante que as investigações não devem parar até que o caso seja solucionado e nenhuma vertente será descartada até que a resposta final seja encontrada.
Comentário: O DIRETOR PRESIDENTE DO IAPEN/AC MENTIU PARA O G1, O  SENHOR RONEY BARBOSA VIDAL NAO PORTAVA NENHUMA ARMA OU COLETE QUANDO FOI ASSASSINADO DE FORMA COVARDE NA SAIDA DO SERVICO.


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