segunda-feira, 29 de abril de 2013
Agentes penitenciários organizam ato público contra supostos atentados
Para sindicalista Adriano Marques, é preciso buscar ajuda do parlamento para que sejam averiguadas as causas dos supostos atentados
Está marcado para a próxima quinta-feira (2) um ato público, organizado pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Acre (Sindap/Acre), em frente à Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), onde os agentes irão protestar contra os supostos atentados de morte sofridos por membros da categoria.
De acordo com Adriano Marques, presidente do sindicato, a concentração do ato público acontecerá às 7:30h, em frente ao presídio Francisco de Oliveira Conde, local de trabalho da maioria dos agentes. Após a concentração, eles sairão em carreata até a sede do parlamento acreano.
Agentes vão se reunir mais uma vez para protestar contra os supostos atentados de morte sofridos por membros da categoria. Para o sindicalista, é preciso buscar ajuda do parlamento para que sejam averiguadas as causas dos supostos atentados. “Queremos sensibilizar nossos representantes legais, nossos deputados, precisamos de ajuda”, diz. Vale ressaltar que há bastante tempo o presidente do Sindap/Acre protesta pela falta de condições de segurança para os agentes penitenciários, que de acordo com ele, executam um trabalho de alto risco, sem as garantias merecidas. Coincidência ou vítimas do crime organizado?
Para Adriano Marques, não é coincidência o atentado sofrido por José Bessa Pontes, ferido a tiros no último dia 25, tampouco a tentativa de atear fogo a outro agente e de atropelar um terceiro, a quem não foi prestado socorro.
“Queremos sensibilizar nossos representantes legais, nossos deputados, precisamos de ajuda”, diz Adriano
O sindicalista diz ter posses de indícios que todas as ações têm relação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Seria muita coincidência; temos indícios que são ações orquestradas pelo PCC e as autoridades também têm essas informações”, diz. Adriano Marques chegou usar o blog do sindicato para divulgar um resumo dos planos do PCC no Acre, incluindo o de matar agentes. As informações teriam sido interceptadas também pelas autoridades locais.
Sobre a relação dos atentados com o PCC, o delegado Alcino Ferreira Junior, titular da Delegacia de Investigações Criminais (DIC), afirma que a denúncia feita por Adriano Marques é precipitada e sem base concreta. “Esses casos estão sendo investigados, mas não será em um ou dois dias que se chegará à conclusão. Isso leva tempo. O tempo para o inquérito é de 30 dias”, diz. Alcino Ferreira Junior classifica a atribuição dos supostos atentados ao PCC ou qualquer outra facção criminosa como irresponsável. Ele diz, ainda, que não reconhece nos casos dos agentes, o modus operandis do PCC. “Pelo grau de organização, eles não iriam errar o alvo tão facilmente”, diz. O delegado diz, ainda, que o PCC, no Acre, foi desarticulado no início do mês de fevereiro e que o trabalho de prevenção para que grupos assim não progridam é preocupação contínua da Segurança Pública.
Gina Menezes, da Agência ContilNet
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