segunda-feira, 29 de abril de 2013

Armas doadas para segurança de presídios do Acre estão sem uso por falta de munição




O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre prepara um ato público para esta quinta-feira, 2, para cobrar do Governo do Estado mais segurança nos presídios. O movimento ganhou força neste fim de semana quando, segundo o sindicato, dois agentes foram atacados por bandidos. O primeiro teve a casa arrombada.  Os bandidos destruíram quase tudo na casa. Tudo parecia um roubo comum, mas, eles (o agente e o sindicato) acreditam que receberam um recado. “Há duas semanas, vi na frente da minha casa um ex-presidiário apontado como um dos membros do PCC no Acre, de repente minha casa é visitada por bandidos. Tem alguma coisa errada”, alegou o agente.
O ato público do sindicato começa com uma carreata que sairá do presídio Francisco de Oliveira Conde e vai até a Assembleia Legislativa.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes, Adriano Marques, as unidades prisionais de todo o Estado estão com uma fraca estrutura. Outra informação repassada pelo sindicalista e que merece atenção é o fato de o Iapen, o instituto de administração penitenciária, receber duas mil pistolas ponto 40 do estado de São Paulo e não distribuir entre os agentes, porque o Iapen não dispõe de munição.
Sabendo dessa precariedade, os bandidos se aproveitam. De acordo com Adriano Marques, nos últimos anos, foram 11 atentados. Nesse final de semana, logo após atender o agente que teve a casa arrombada, o sindicato teve que ajudar outro agente que, ao sair de moto do presídio, foi atingido por um automóvel, que fugiu do local. O sindicato até hoje cobra da polícia e da Justiça a prisão do homem acusado de matar um agente nesse cruzamento da avenida Ceará, em abril de 2010.

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