terça-feira, 1 de julho de 2014

Alegando superlotação, detentos recusam comida de presídio no AC




O Instituto de Administração Penitenciária doAcre (Iapen) confirmou ao G1 nesta terça-feira (1) que os detentos da unidade desegurança máxima Antônio Amaro Alves, emRio Branco, estão se negando, desde segunda-feira (30), a receber a comida oferecida pelo presídio. O diretor-geral Dirceu Augusto disse que os presos alegam que a unidade está superlotada. Já o  presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap) Adriano Marques, afirma que mesmo sem receber a comida da unidade, os detentos estão comendo alimentos que estocaram durante visitas de familiares na semana.

"Como é permitida a entrada de alimentos durante as visitas, eles estocaram a comida nas celas e se recusaram a receber as refeições do presídio. A principal reclamação é de que a unidade está superlotada. Na segunda-feira (30) fui chamado e eles pediram a presença da juíza de execuções penais Luana Campos. Foi uma comissão dos Direitos Humanos, mas eles se recusaram a falar", conta Adriano Marques.
O presidente do Iapen disse que alguns já voltaram a se alimentar e negou superlotação na unidade. De acordo com Dirceu Augusto, a lotação ficou acima do esperado, mas a quantidade 'está dentro dos parâmetros'. A administração também aguarda o relatório final dos agentes penitenciários para saber como ficou a situação na unidade após uma conversa com os presos.
No Antônio Amaro, atualmente temos uma média de 229 presos, sendo que a unidade disponibiliza 137 vagas. Na verdade, a gente considera superlotação quando o número de presos é três vezes maior que de vagas. Nós vamos levar os presos provisórios para Senador Guiomard e aí acaba o problema", destaca.
impasse em relação aos presídios se estendem desde de maio deste ano, quando a Justiça Acreana interditou as Unidades de Regime Provisório (URP) e de Regime Fechado (URF-01), ambas localizadas no presídio Francisco d'Oliveira Conde, em Rio Branco, no dia 20 de maio.
Porém, três dias após a decisão da juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Rio Branco, Luana Campos, em um consenso com a Secretaria de Segurança Pública do Acre resolveu dar um prazo para que as unidade de adequassem e diminuíssem sua população carcerária. A partir de então, o Iapen começou a transferência de alguns presos para o interior do estado.
"Devido à interdição temporária da unidade, nós estamos levando o pessoal para outros municípios. O limite que a juíza determinou na unidade re regime provisório foi devidamente cumprido. Ela determinou que diminuíssemos para 700, atualmente estamos com 698 e a tendência é baixa ainda mais", finaliza Dirceu.
Fonte: http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/07/alegando-superlotacao-detentos-fazem-greve-de-fome-em-presidio-no-ac.html

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