quarta-feira, 3 de junho de 2015

PCC planejou e executou morte de agente penitenciário no Acre, diz Polícia Civil


A Polícia Civil concluiu que o assassinato do agente penitenciário Anderson Albuquerque, em fevereiro, foi planejado e executado pelo Primeiro Comando da Capital, o PCC. Após 120 dias de investigações, a Operação Ícaro chegou aos acusados de envolvimento no crime.

Os assassinos do agente saíram de Campinas (SP) somente para cumprir a ordem da alta cúpula da facção como retaliação a supostos maus-tratos praticados por agentes contra presos e seus familiares.

Dos seis acusados, quatro estão presos: três em Rio Branco e um em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Eric Douglas da Silva, um dos cabeças do PCC e subordinado direto a Marco Marcola –o grande líder da facção – foi o responsável por ordenar toda a execução a partir do presídio em Mato grosso do Sul.

A ordem veio após ele receber as queixas dos presos acreanos de estarem sofrendo abusos por parte dos agentes no presídio Francisco de Oliveira Conde. Com aval do criminoso responsável por gerenciar a célula no Acre, o PCC deu início a toda a logística para a execução.

De acordo com o delegado Alcino Júnior, todo o plano para o assassinato foi elaborado de forma organizada e financiada pela alta cúpula do PCC. A escolha do agente a ser morto e o fornecimento das armas e do carro usados foram feitos por membros do Acre.

Diemeson da Silva Batista (Mutante) e Mário Renan Sampaio (Cérebro) foram os responsáveis pela compra do Ford Scort  utilizado na noite da execução. O veículo foi comprado por R$ 6 mil no mesmo dia em que o agente seria morto, quando chegava em casa, no Bairro da Paz.

Os disparos, de acordo com a polícia, foram feitos por Wellington Vieira, o Gordão, e Anderson Conceição, conhecido como Profeta, ambos vindos de Campinas (SP). O registro da chegada a Rio Branco é de 19 de janeiro.

Eles se alternavam em hotéis e nas casas dos cúmplices para não levantar suspeitas. Eles deixaram Rio Branco na madrugada do dia 3 de fevereiro em um voo direto para Campinas. As imagens mostram o momento em que eles realizam o check-in no balcão da companhia.

A partir de investigação conjunta com a Polícia Civil de São Paulo, a polícia  acreana busca a prisão de Gordão e Profeta, os únicos ainda foragidos.

Outra prisão realizada durante a operação foi de Cláudio Martins, responsável pelo fornecimento das armas usadas na morte do agente penitenciário.

“As investigações estão encerradas e já foram enviadas para o Judiciário. Todos os acusados foram identificados e agora serão julgados. O tempo de investigação foi o tempo necessário, e agora o Estado dá a resposta”, diz o secretário Carlos Flávio Portela (Polícia Civil).

Fonte: http://www.contilnetnoticias.com.br/noticias-policiais/111-plantao/21361-pcc-planejou-e-executou-morte-de-agente-penitenciario-no-acre-diz-policia

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