sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Transferência de líderes criminosos pode causar o fim da onda de violência




As transferências dos comandantes das organizações criminosas foi anunciada como o ponto chave para conter a onda de violência (incêndios e ataques a prédios públicos) que dura três dias na capital acreana e cidades do interior, fato contestado pelo presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques.

De acordo com o sindicalista, a transferência dos presos é uma medida paliativa, já que nessas organizações criminosas, quando um líder é “isolado”, outro membro da quadrilha assume a posição de comando. Marques disse ainda que o fato dos líderes das facções estarem encarcerados em presídios federais não significa que estarão isolados, e lembra da morte do agente penitenciário Anderson Albuquerque Guimarães, de 28 anos, foi executado na noite de segunda-feira, 2 de fevereiro, nas proximidades a faculdade Fameta, no Bairro da Paz.

“Transferência desses presos não significa que as questões de violência do Estado serão solucionadas, essa é uma medida paliativa que não significa que esses líderes estão incomunicáveis, pois a ordem para a execução do agente penitenciário Anderson Guimarães, foi dada pelos chefões do PCC de dentro de um presídio de segurança máxima”, comentou o sindicalista.

Adriano Marques, por alguns anos, foi uma voz solitária nas denúncias sobre a existência de células de grupos criminosos organizados no Acre. Há pelo menos quatro anos ele começou a levantar a questão, que sempre foi tratada com descaso e até como chacota pelas autoridades locais. Dois anos depois, mais precisamente em fevereiro de 2013, uma ação das forças policiais do Acre deflagraram uma operação que prendeu cerca de 50 pessoas envolvidas com o PCC no Estado.


Fonte: http://www.jornalopiniao.net/editorias/policia/9-manchete/3708-transferencia-de-lideres-criminosos-pode-causar-o-fim-da-onda-de-violencia-no-acre

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