quinta-feira, 8 de outubro de 2015

“Os avisos estão sendo dados e a Segurança está fazendo ouvidos de mercador”, diz Eliane Sinhasique sobre ataques na capital



A deputada peemedebista Eliane Sinhasique disse em seu pronunciamento na sessão desta quarta-feira (7), que os gestores de Segurança Pública do Estado já sabiam da existência de facções criminosas no Estado. Ela citou pelo menos três facções que estariam atuando no Acre e poderiam estar por trás dos atentados em Rio Branco.
O governo do Estado já sabia disso. Em fevereiro deste ano esteve nessa Casa o Adriano Marques e ele informou que o PCC, o Bonde dos 13 e o Comando Vermelho estariam ordenando assassinatos de dentro do presídio. Não é uma coisa de ontem para hoje por conta do abate de dois criminosos. Não é por falta de aviso. Em 2013 temos matérias sobre planos de execução de agentes penitenciários. Os avisos estão sendo dados. A Segurança Pública está fazendo ouvidos de mercador”, disse a deputada acreana.
Ela relatou, também, ações criminosas em Sena Madureira e na estrada de Boca do Acre onde uma caminhonete foi incendiada; em Epitaciolândia um ônibus foi incendiado, além de terem sido efetuados disparos contra uma delegacia de Polícia Civil na 5ª Regional, em Rio Branco.
Quanto à atuação de facções, ela citou que é necessário conhecer a atuação de cada uma delas para que um plano de enfrentamento seja elaborado. A parlamentar questionou a ausência de bloqueadores de celulares nos presídios acreanos, bem como de scanner corporal para detectar a entrada de drogas, armas e celulares nas unidades prisionais.
É preciso saber como cada facção atua e para cada facção dever ser feito um enfrentamento diferente. Quando você vai ao presídio cadê o scanner corporal? Cadê a tela que bloqueia celular dentro dos presídios. Nós fizemos as visitas aos centros socioeducativos e é um barril de pólvora aquele próximo ao Hospital Santa Juliana. São espaços que não recuperam ninguém”.
Sinhasique acrescentou que “as penitenciárias são pós-graduações do crime e não cumprem a sua função social”. Ela disse que isso acontece pela falta de gestão que não garante ocupação para os internos.
“As fábricas de bolas acabaram. Que ocupação os presidiários têm? Nem bola, nem rede, nem nada. Mente desocupada é oficina do diabo”, argumentou.
José Pinheiro
Agência Aleac
Fonte: http://www.al.ac.leg.br/?p=6179

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