GLEYDISON MEIRELES - As forças de segurança estadual realizaram na noite de domingo, 5 uma varredura nos presídios Antônio Amaro Alves e Francisco D’Oliveira Conde. A megaoperação foi coordenada pela Polícia Civil com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Polícia Militar (PMAC) das Unidades Penitenciárias.
De acordo com informações, a ofensiva aconteceu depois que o serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp/AC) ficou sabendo do plano de invasão e fuga em massa de presos ligados as facções criminosas. A operação começou por volta das 23h e foi até a madrugada de segunda-feira, 6. Policiais Militares passaram a noite fazendo rondas entre os corredores dos pavilhões e detentos foram remanejados de suas celas, além de patrulhamento ostensivo no entorno das unidades prisionais e ruas adjacentes.
A reportagem entrou em contato com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap/AC) Adriano Marques, que confirmou a informação. Marques disse que foi avisado do plano de fuga e posteriormente da ação das forças policiais. O sindicalista disse ainda que os gestores da Segurança Pública do Acre precisam tratar o tema “facções criminosas” com mais seriedade.
“É preciso que todos os assuntos relacionados a facções criminosas sejam tratados com mais seriedade por parte dos gestores de segurança. O crime está cada dia mais organizado e os gestores continuam com o discurso enfadonho de tentar esconder o sol com uma peneira. Os bandidos estão cada vez mais organizados e ousados, se algo mais urgente não for feito imediatamente estamos fadados a viver sob o julgo da criminalidade e reféns do medo e da violência”, enfatizou o sindicalista.
Ação depois do “UFC Penal”
A ofensiva policial foi registradas nos boletins de ocorrências 281 e 282/2016, registrados pelo Batalhão de Operações Especiais. No registro da ocorrência é relatado que “foi determinado pelo coordenador de operações do Bope que as equipes Comando Coe e Comando Choque realizassem rondas e PB nos presídios FOC e Amaro, em apoio à uma operação realizada no presídio Antônio Amaro”, em conjunto pelas polícias Militar e Civil.
O documento diz ainda que “A operação teve por objetivo identificar membros de facções criminosas e apreender celulares nos presídios. No local foram remanejados de celas seis reeducando, onde um dos detentos foi retirado do presídio pelo por um delegado”, informa os boletins registrados pela Polícia Militar. A operação aconteceu dias após um vídeo divulgado nas redes sociais em que aparece vários detentos com aparelhos celulares filmando uma briga entre presos chamada de “UFC Penal”.
Durante a operação, a retirada dos presos das celas ficou a cargo do Bope. A busca no interior dos locais que os presos ficam alojados e remanejamento dos detentos ficou a cargo dos agentes penitenciários e policiais civis. Segundo os boletins de ocorrências do Bope, “a operação transcorreu sem alteração e que não houve necessidade de ser empregado o uso da força”.
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