Deputado disse que administradores do sistema penitenciário estariam na Aleac hoje, o que não aconteceu. Ausência gerou a sessão mais polêmica do trimestre.
Gina Menezes, da Agência Contilnet
Após discurso do deputado Walter Prado (PDT), que afirmou que a vinda dos líderes do sistema penitenciário deveria ser remarcada para que os convocados escolham a data que lhes convir, o clima esquentou entre os parlamentares na Assembleia Legislativa (Aleac).
Luiz Calixto (PSL) declarou que, ao voltar atrás em sua palavra Prado se transforma em apenas mais um fantoche nas mãos Governo. – O deputado Walter quando os convocou agiu como um leão, mas agora voltando atrás ele demonstra que é um rato. Ele está cansado de saber que não tem moral para convocar ninguém. O que era para ser hoje ficou para o dia que eles bem entenderem – declarou o oposicionista.
O deputado N. Lima, também opositor, afirmou que Walter Prado fez o requerimento só para aparecer na mídia, mesmo sabendo que a vinda dessas pessoas não aconteceria. – Eu não o chamo só de rato, chamo de rato de esgoto – desabafou.
O líder do governo na Aleac, Moisés Diniz, foi o mais comedido possível durante o debate. Ele não revidou com palavras de baixo calão as acusações vindas da oposição e apenas lamentou que o nível a que o parlamento chegou. – Não precisa ser deste jeito. Aqui é um parlamento e temos que honrar o lugar que estamos – disse.
Walter Prado, em entrevista a imprensa, preferiu dizer poucas palavras. – Isto não era um convite, mas garanto que uma hora eles virão – afirmou.
Se depender de Idalina Onofre, deputada pelo PPS, os administradores do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) virão sim. – Na minha orelha ninguém do Governo puxa como fazem com Walter. Eu não proponho convite e sim uma convocação – declarou.
O assunto acima referido começou na semana passada quando o deputado Walter Prado disse que, nesta sessão (terça-feira), estariam na Aleac pessoas da gestão do sistema prisional para esclarecer possíveis casos de tortura do presídio.
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