sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ECOS DA NOTÍCIA



Sucessivas fugas de detentos teriam motivado decisão de greve e denuncias


O Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do estado do Acre, Adriano Marques de Almeida, anunciou na manha desta sexta-feira, 07, a possibilidade de uma greve geral da categoria a ter inicio na próxima semana.


De acordo com Adriano Marques, no último dia 3 de janeiro ele protocolou um ofício solicitando reunião com a nova diretoria do IAPEN a fim de apresentar reivindicações da categoria, como: contratação de novos agentes, fim da escala de serviço de 12 por 36 horas, pagamento de premio anual de valorização da atividade penitenciaria, seguro de vida, em caso de morte ou invalidez, construção de locais para descanso e alimentação dos agentes de plantão, redução da carga horária, aquisição de equipamentos de segurança e proteção para os agentes, dentre outras reivindicações.

O sindicato dos agentes penitenciários não recebeu resposta do oficio protocolado, em seguida ocorreram sucessivas fugas de detentos do Presídio Dr. Francisco D´Oliveira Conde, onde os agentes que estavam de serviço no horário em que ocorreram as fugas foram arrolados em processos de investigação administrativa, e isso teria revoltado os agentes penitenciários que resolveram denunciar as péssimas condições de trabalho e segurança, além de um efetivo reduzido.

As fugas ocorreram por que estamos com um efetivo reduzido, para se ter uma idéia, na primeira fuga acontecida neste ano, apenas dois agentes penitenciários tomavam conta de 236 presos e as guaritas externas estavam desativadas em virtude da falta de efetivo” afirmou Adriano.

Mais da metade dos agentes penitenciários estão doentes, diz presidente de sindicato.


Segundo Adriano Marques, a capital Rio Branco, possui um efetivo de 560 agentes que prestam serviço no Presídio Estadual, e que no período de 4 de junho de 2010 a 04 de janeiro deste ano, o sindicato realizou uma pesquisa que apontou que mais da metade do efetivo de agentes penitenciários de Rio Branco, esta doente.

“somente no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, foram protocolados 296 atestados médicos.Devido o estresse do serviço os agentes sofrem de distúrbios do sono, problemas gastrointestinais e depressão, são as doenças mais comuns entre os agentes” revelou o presidente do sindicato.

Os agentes penitenciários denunciam o descaso da direção do IAPEN para com os profissionais que prestam segurança no Presídio Estadual.

Os agentes alegam que não possuem local adequado para o descanso e alimentação e que mesmo assim trabalham com dedicação realizando apreensões de objetos ilícitos e armas que são encontradas dentro das celas do Presídio.

 
“Não temos alojamento apropriado, somos obrigados a dormir no chão, dentro de um quarto sujo, sem ventilação, sem banheiro. Não temos se um local para a nossa alimentação, ao lado do cômodo improvisado que utilizamos para o descaso e alimentação existe um esgoto estourado, não existem móveis para sentamos e nem colchão para dormimos nos intervalos de guarda” desabafou Adriano.

Agentes denunciam fragilidade na segurança e revelam que foto panorâmica do Presídio estar disponível na internet.

A fragilidade da segurança dos Presídios Antonio Amaro e Francisco D`Oliveira Conde, não é somente na parte interna, diz Adriano Marques.

Ele revela que a imagem panorâmica dos dois Presídios estão disponíveis na internet , através do Google, e o estado não tomou providencias para retirar essas imagens que pode ser usada para uma invasão por exemplo.

“Somente a versão gratuita da foto panorâmica dos presídios já mostra detalhes da divisão de pavilhões e os locais de guarita, em uma versão paga, o Google oferece uma ferramenta que detalha com precisão toda a arquitetura dos Presídios consequentemente é uma situação de imensa fragilidade de segurança” disse.


Adriano Marques apresentou fotos captadas pelos agentes durante uma tentativa de rebelião, em que os detentos queimaram colchões tentando forçar a abertura das celas para uma possível fuga em massa.

Em caso de rebelião o primeiro alvo dos detentos são os agentes penitenciários, que não possuem nenhuma arma não letal para o controle para esse tipo de situação. Ficamos na mira do fogo e aguardando a chegada de reforço policial, tudo isso provoca estresse e sentimento de insegurança e ainda somos acusados de facilitar fugas” finalizou.


















FONTE:  http://www.ecosdanoticia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12617:agentes-penitenciarios-denunciam-pessimas-condicoes-de-trabalho-e-ameacam-greve-geral-&catid=1:acre-policia&Itemid=8 

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