domingo, 25 de março de 2012

SINDAP/AC divulga foto de ex-presidiário que atirou em agente penitenciário

O diretor-presidente do Iapen, Dirceu Augusto, foi criticado pelo presidente do Sindicato dos Agentes penitenciários do Acre por não ter ido ao hospital prestar solidariedade à vítima.Da Redação da Agência ContilNet
 
O ex-presidiário que atirou no início da noite deste domingo no agente penitenciário Jairo Filho, 34 anos, foi reconhecido pela vítima. Trata-se de Amarildo Pereira do Nascimento, que já responde processo por tentativa de homicídio.

Jairo, que foi atingido por um tiro de revólver calibre 38 no braço esquerdo, está fora de perigo, mas continua internado no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, onde está sendo protegido por três colegas de profissão.



O presidente do AGEPEN, Adriano Marques, foi ao hospital dar apoio ao agente baleado no início da noite deste domingo 

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciário do Acre (AGEPEN), Adriano Marques, disse que até as 22 horas deste domingo o diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (IAPEN), Dirceu Augusto, não havia aparecido no hospital para prestar solidariedade ao servidor da instituição.

“Ele foi a primeira pessoa para quem telefonei avisando o que havia ocorrido com um dos agentes penitenciário do Iapen. A vítima não recebeu apoio nem do seu diretor-presidente, nem de outra autoridade representante da Segurança Pública do Acre”, disse Adriano.


Amarildo disparou três tiros contra agente penitenciário, mas só acertou um/Foto: Cedida 






Depressão

Jairo Filho estava de licença do emprego desde o dia 8 de março, quando seu filho, Alef Uchoa, 16 anos, desapareceu nas águas do rio Acre ao pular da passarela Joaquim Falcão Macedo.

Ele retornou ao trabalho neste fim de semana, quando começou a ser perseguido pelo ex-presidiário. A vítima já havia registrado queixa contra seu agressor.

Críticas


Para o presidente do AGEPEN, Adriano Marques, a situação dos agentes penitenciário do Acre é muito preocupante, uma vez que eles não têm seguro de vida e nem plano de saúde. “Todos os policiais civis e militares já contam com este benefício, mas os agentes penitenciários são discriminados pelo governo”, reclama.

Ele também critica o governo por não disponibilizar armas institucionais para a classe, e diz que muitos agentes andam armados porque tiveram que se sacrificar para comprar suas armas. “Uma pistola das mais simples custa em torno de dois mil reais. Eu, como sou solteiro pude adquirir uma, mas maiorias dos meus colegas têm famílias e acabam ficando desarmados, sem nenhum tipo de segurança”, observa.

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