domingo, 25 de março de 2012

VIOLÊNCIA: Ex-presidiário acerta AGEPEN com dois tiros



Um agente penitenciário foi atingido por dois tiros no final da tarde deste domingo (24) quando chegava na casa da sua mãe, no bairro Morada do Sol. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre, Adriano Marques, disse que o autor dos disparos é um ex- presidiário.

J. P., que por enquanto não quer revelar a identidade, está internado no Hospital de Urgência e Emergências, onde passou por uma cirurgia. O agente não foi morto porque travou uma luta corporal com a pessoa que tentou tirar a sua vida.

“Foram três disparos e dois deles acertaram o braço do nosso agente, que não morreu porque tentou imobilizar o autor dos disparos”, conta Adriano, que critica a administração do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre – IAPEN por não disponibilizar a cautela de  armas institucionais para os agentes.

Felizmente, o nosso colega não corre risco de morte, o porte de arma, que além de uma prerrogativa legal é necessidade. Temos o porte de arma, o que falta é o IAPEN é o fornecer as armas. Nem todos os agepens possuem condições de comprar uma particular. Ano passado a direção do Instituto informou que estava conseguindo duas mil armas, mas até hoje não chegaram”, reclama.

Profissão perigosa

Adriano Marques diz que um estudo da Organização Internacional do Trabalho apontou a profissão de agente penitenciário com a segunda mais perigosa do mundo.

A pesquisa realizada pela Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários constatou que mais de dois mil agentes penitenciários foram assassinados em todo o país só na última década de forma covarde e vingativa, somente por serem servidores do sistema carcerário.

Conforme as informações da Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional ao sindicalista acreano, não existem projetos do Instituto de Administração Penitenciário do Estado do Acre - IAPEN/AC para aquisição de equipamentos de proteção e segurança dos AGEPEN/AC. Para Marques, isso demonstra descaso, pois, segundo ele,  é de conhecimento público e notório a falta destes equipamentos em todo o Estado.

“Não é a primeira vez que isso acontece. Perdemos o Roney há quase dois anos, os colegas Ademilton e Elissandro, e agora o “J.P” sofreram tentativas de homicídio,” diz.

Nesta segunda-feira (25), Adriano Marques vai pedir uma reunião com o governador Tião Viana para tratar das “mazelas” do sistema carcerário, e na terça, irá à Assembléia Legislativa. 

fonte:http://www.contilnet.com.br/Conteudo.aspx?ConteudoID=17076

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