sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Afunda Brasil: Após prisão, conselheiro envolvido em fraude continua no CONASP
Preso na operação Vulcano, deflagrada pela Polícia Federal, o
coordenador da ONG MovPaz no município de Feira de Santana (BA),
continua no órgão que é ligado diretamente ao Ministério da Justiça.
A prisão de Clóvis Nunes, conselheiro do
Conselho Nacional de Segurança Pública (CONASP), não foi suficiente para
afastá-lo do colegiado. Preso na operação Vulcano, deflagrada pela
Polícia Federal, o coordenador da ONG MovPaz no município de Feira de
Santana (BA), continua no órgão que é ligado diretamente ao Ministério
da Justiça.
A Assessoria de Comunicação da
pasta informou que Clóvis Nunes foi indicado como representante da Rede
Desarma Brasil e que esta não realizou nenhum pedido de substituição.
Afirmou ainda que a existência de investigação sobre fato relacionado a
um Conselheiro, sem relação com sua atuação no CONASP, não possui o
condão de afastar o representante da instituição.
Para
Bene Barbosa, presidente do Movimento Viva Brasil e opositor declarado
das políticas de desarmamento, a manutenção de Clóvis simboliza uma
incoerência. “Se alguém responde um processo desses jamais poderia
adquirir uma arma, mas pode continuar como conselheiro para definir
políticas de segurança pública? Não faz o menor sentido”, assevera.
Bene
afirma ainda que o nível de relacionamento entre Governo e ONGs beira a
promiscuidade. “Isso mostra o nível de ingerência que ocorre, onde
essas organizações possuem mais poder que o próprio Ministro da Justiça.
Que autoridade elas têm para se arvorarem à condição de parceira de tão
relevante pasta governamental brasileira?”, indaga.
Clóvis
Nunes foi preso no último dia 28 de novembro, sob a acusação de,
através da ONG MovPaz, chefiar um esquema de fraude na campanha de
desarmamento, autorizando o pagamento de indenizações indevidas. O
esquema foi descoberto pela Polícia Federal ao apurar que, através da
MovPaz, Feira de Santana, município no interior da Bahia com apenas 730
mil habitantes, respondia por mais de 14% de todas as armas recolhidas
no país.
Durante as investigações, foi apurado
que, na verdade, o recolhimento de armas era fictício. De 8.800 armas
pesquisadas, apenas 400 não estavam ligadas à fraude.
O
esquema funcionava através da informação de dados falsos sobre
recolhimento, pagando-se indenizações por armas que não existiam, e
através da fabricação caseira de armas apenas para que fossem entregues
em postos de coleta vinculados à MovPaz.
Com o esquema, o prejuízo aos cofres públicos supera a cifra de 1,3 milhões de reais.
Fonte: http://www.expressomt.com.br/nacional-internacional/apos-prisao-conselheiro-envolvido-em-fraude-continua-no-conasp-86980.html
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