quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
China promete acabar com retirada dos órgãos de presos executados
A China deixará de extirpar os
órgãos dos prisioneiros executados, informou a imprensa, mas esta não é a
primeira vez que o governo promete abolir a prática, muito criticada
pelos defensores dos direitos humanos.
A
partir de 1 de janeiro, o país "deixará por completo de recorrer" à
extração dos órgãos dos executados para abastecer os hospitais, afirmou
Huang Jiefu, diretor do Comitê Chinês de Doação dos Órgãos, citado pelo
jornal Nanfang Dushibao.
Ele afirmou ainda que o país terá apenas a doação voluntária.
Huang
Jiefu, que já foi vice-ministro da Saúde, afirmou que a cada ano
300.000 pessoas precisam na China de um transplante urgente, mas
acontecem apenas 10.000 operações.
Para cada um milhão de chineses, apenas 0,6 é doador de órgãos, destacou Huang.
Segundo
a tradição chinesa, os mortos devem ser enterrados sem sofrer nenhuma
mutilação e poucas pessoas aceitam que um parente falecido tenha os
órgãos retirados.
Com a falta
de órgãos para transplantes, boa parte das cirurgias são feitas com
órgãos de executados, geralmente sem o consentimento das famílias,
segundo as organizações de defesa dos direitos humanos, o que o governo
nega.
As autoridades chinesas já prometeram diversas vezes acabar com a prática, sem sucesso.
A
China, o país com o maior número de execuções no mundo, aplicou a pena
capital em 2.400 pessoas no ano passado, segundo a ONG Dui Hua, que tem
sede nos Estados Unidos. Pequim não divulga um balanço oficial.
Fonte http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/china-promete-acabar-com-retirada-dos-%C3%B3rg%C3%A3os-de-presos-executados/ar-BBgk025?ocid=mailsignout
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